Album Cover AmarElo (Sample: "Sujeito de Sorte"

AmarElo (Sample: "Sujeito de Sorte"

Emicida

7

Presentemente eu posso me

Considerar um sujeito de sorte

Porque apesar de muito moçoMe sinto são e salvo e forte

E tenho comigo pensado

Deus é brasileiro e anda do meu lado

E assim já não posso sofrer no ano passado

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Eu sonho mais alto que drones

Combustível do meu tipo? A fome

Pra arregaçar como um ciclone

Pra que amanhã não seja só um ontem

Com um novo nome

O abutre ronda, ansioso pela queda

Findo mágoa, mano, eu sou mais que essa merda

Corpo, mente, alma, um, tipo Ayurveda

Estilo água eu corro no meio das pedra

Na trama, tudo os drama turvo, eu sou um dramaturgo

Conclama a se afastar da lama, enquanto inflama o mundo

Sem melodrama, eu busco grana, isso é hosana em curso

Capulanas, catanas, buscar nirvana é o recurso

É um mundo cão pra nóis, perder não é opção, certo?

De onde o vento faz a curva, brota o papo reto

Num deixo quieto, num tem como deixar quieto

A meta é deixar sem chão quem riu de nóis sem teto, vai

Tenho sangrado demais (demais)

Tenho chorado pra cachorro (aham)

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais (demais)

Tenho chorado pra cachorro (aham)

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Figurinha premiada, brilho no escuro

Desde a quebrada avulso

De gorro, alto do morro e os camarada tudo

De peça no forro e os piores impulsos

Só eu e Deus sabe o que é não ter nada, ser expulso

Ponho linhas no mundo, mas já quis pôr no pulso

Sem o torro, nossa vida não vale a de um cachorro, triste

Hoje cedo não era um hit, era um pedido de socorro

Mano, rancor é igual tumor, envenena raiz

Onde a plateia só deseja ser feliz, saca?

Com uma presença aérea, onde a última tendência

É depressão com aparência de férias

Vovó diz: Odiar o diabo é mó′ boi

Difícil é viver no inferno e vem à tona

Que o mesmo império canalha

Que não te leva a sério

Interfere pra te levar à lona

Então revide, diz

Tenho sangrado demais (demais)

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais (demais)

Tenho chorado pra cachorro (aham)

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Permita que eu fale

Não as minhas cicatrizes

Elas são coadjuvantes

Não, melhor, figurantes

Que nem devia tá aqui

Permita que eu fale

Não as minhas cicatrizes

Tanta dor rouba nossa voz

Sabe o que resta de nós?

Alvos passeando por aí

Permita que eu fale

Não as minhas cicatrizes

Se isso é sobre vivência

Me resumir a sobrevivência

É roubar o pouco de bom que vivi

Por fim, permita que eu fale

Não as minhas cicatrizes

Achar que essas mazelas me definem

É o pior dos crimes

É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóis sumir, aí

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri (as duas mãos pro ar, Municipal)

Mas esse ano eu não morro (vem, vem, vem, vem)

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Teatro Municipal

Pabllo Vittar e Majur